terça-feira, 1 de novembro de 2011

meias palavras:


“Nossas ruas eram frias
Como os homens desses dias
Engrenagens tão sombrias
Esquecidas pelos deuses
A pulsar em vão” Arrigo Barnabé


em meias palavras; em duras verdades
o jacaré é o inventor da lagartixa
da qual a cobra ainda sobrevive

em meias palavras; em duras verdades
cada hora a foice se aproxima
espera solene o fecho da cortina

em meias palavras; em duras verdades
quem foi louco há muito se inicia
no rito fantástico que os aglutina

em meias palavras; em duras verdades
há de me dizer narrador quem desconhece a vida
e vê na morte a única guarida

em meias palavras
as duras verdades
que escutei ourives
que escutei alferes
que apontei o dia, o sol,
cria Tua.

Raphael Vidigal

Pintura: “Dança”, de Mario Cravo.

4 comentários:

TPR disse...

realmente.....algumas verdades são duras ou de acordo com momento as verdades são justas

Anônimo disse...

Para mim a morte é só uma passagem ...
A vida continua, e só se leva oque cultiva.

Ítalo Richard disse...

Muito bom o poema. As palavras realmente tem o poder de carregar verdades e mentiras.

abraço,
www.todososouvidos.blogspot.com

Luís Paz disse...

Nossa mew que poema lindinho *-*
é tu que escreve?

to te seguindo, segue de volta e comenta?
www.luliskd.blogspot.com