quinta-feira, 30 de junho de 2011
Despedida:
“A cigarra... Ouvi:
Nada revela em seu canto
Que ela vai morrer.” Bashô
Nunca soube de Tiago
(será com h ou sem?)
Soube que morreu, jovem
Foi enterrado no mesmo dia do ex-vice-presidente
e houve coro de lembranças boas em sua despedida.
Pintura: Buddha In His Youth, de Odilon Redon.
Raphael Vidigal
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Miséria:
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Velha Senhora:
domingo, 19 de junho de 2011
Luz:
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Sem aritmética:
“Eu poeta afogado em rima sem gosto de vida
E você a vida rindo pra mim, ainda que invisível?
A vida feia em você e eu pintor visionário
Tentando retocar o que é cruel mas pulsa e faz sentido?” Cazuza
Se mil vezes me perguntarem quem sou, direi: Adélia Prado
Se mil e uma, direi: Rubem Alves
Ainda se insistirem desaforados e desacreditados, direi: Caio Fernando Abreu
E se
a obrigação da fantasia
me desobrigar
admitirei:
No one – título do poema
“(O tempo não espera por ninguém e já foi tudo dito)”
Raphael Vidigal
Pintura: La joie de vivre, de Henri Matisse.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Milimetricamente amor:
“Ninguém pode calar dentro em mim, esta chama que não vai passar” Maysa
Eu a amei milimetricamente
Ela me amou milimetricamente
Em cada passo
Em cada despedida
Provou
E eu já posso dizer que provei também
Eu a amei quando não podia
Ela me amou quando já não queria
Como se amasse alguém
Por quem não há mais sentimento forte
Talvez um afago
Mas nos amamos milimetricamente
Enquanto pudemos
E mesmo quando já não devíamos
As coisas na nossa vida estão fadadas a serem
lembranças
doídas ou alegrias
esse amor que passou ninguém apaga
Raphael Vidigal
Pintura: Estrela concretista, de Antônio Maluf.
Assinar:
Postagens (Atom)