quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Cães latem:
“Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus, arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca de uma dose violenta de qualquer coisa” Allen Ginsberg
Sujamos muito
A alma
Desenho de britas
Invista, em vista
À qualquer cachorro.
Raphael Vidigal
Pintura: “O vagão da terceira classe”, de Daumier.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Opus III:
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Boca:
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Interior:
“Nós não conhecemos: nós só podemos adivinhar.” Karl Popper
Experimenta, testa, busca essa saída encurralada na esquina
Cansei-me do Sol. um sol que me dá tristeza
Miserável luneta fresca exaurindo corpos apreensíveis (apreensivos?)
Preciso ficar limpo,
mas um limbo sôfrego prende-se ao meu gozo
e uma confusão de ansiedades estelares
que não sei mais buscar o sentido dentro de mim
e já que nunca bastou-me o sentido do outro
só me resta réstia
hóstia
Raphael Vidigal
Pintura: “Como água no rio”, de José Roberto Aguilar.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Torquato Neto:
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Muda (na permanência):
“o que permanece, fundam-no os poetas.” Heidegger
Não ao contemporâneo
Nada ao ineditismo saliente
Quero tudo aquilo
Que traga,
Uma noção de eterno
E permanente!
Muda – calada
Muda – de flor
Muda – pra sempre
a flor entre o nada e o sempre
Muda
Muda
Muda
Raphael Vidigal
Pintura: “Natureza Morta para Picasso”, de Caulos.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Bicicletas:
“Prefiro as máquinas que servem para não funcionar: quando cheias de areia, de formiga e musgo – elas podem um dia milagrar de flores. Senhor, eu tenho orgulho do imprestável.” Manoel de Barros
O deboche
Vem pedalando a bicicleta
Com óculos arredondados
De aros azuis
Puxa a manilha aos dentes
O deboche
No - jornalismo
é uma Qualidade Crítica.
Quanto ao jornalismo,
ocupa papel de platéia nas minhas prioridades,
com relativa importância,
onde quem sobe ao palco é a arte.
Raphael Vidigal
Pintura: “trio nu: duas pulando, uma reclinada”, de e. e. cummings.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Cochicho:
“e vivo como quem despede a raiva de ter visto” Ana Cristina Cesar
És mero cochicho
Esmeros caprichosos
Esmeril compasso
Dentro da fruta de Goya.
Música: Chiquinha Gonzaga.
A vida acaba,
sem fundamento
acaba a vida.
Chuviscos são lágrimas
De anjos que subiram
Aos céus
Em tenra idade
Estamos todos ilhados.
Raphael Vidigal
Pintura: “Terre Écossaise”, de Max Ernst.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Boa sorte:
“na vida) e demito o verso como quem acena” Ana Cristina Cesar
A verdade é que tenho gostado cada vez mais desse cachorrinho
Que me deseja “boa sorte” sem uma palavra sequer
Com o perdão do trocadilho
Com o perdão do subjuntivo
Com o perdão do pleonasmo
A linguagem animal é de se desdobrar tecidos
Raphael Vidigal
Pintura: “A dançarina”, de Derain.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Porto:
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Verde:
“do coração: não soube e digo” Ana Cristina Cesar
Vede o verde em flor?
A roçar nos alvos campos
De brancura incolor?
Chama-se magia esmeralda
A esmerada música
A que se julgou
Sob o deleite dos homens
Que em meio ao jardim sem flores
Inventaram meios de se re-compor
Raphael Vidigal
Escultura: “Roda da Vida”, de G. T. O.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Rua Oriente:
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Sopro:
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Repeti-se:
Assinar:
Postagens (Atom)