terça-feira, 16 de agosto de 2011

Realeza:


“Os homens apenas se podem salvar entre si mesmos. É por isso que Deus se disfarça de homem.” Elias Canetti


Não tinha tato para as causas da morte
Mantinha sonho para as coisas da vida

Nos compêndios do mundo
Há a morte
Há a vida
Nada que tenha sido morto
Incompreende a abstração real


Raphael Vidigal

Pintura: El Vendedora de Flores, de Diego Rivera.

4 comentários:

Anônimo disse...

A epígrafe me fez lembrar Sartre: "O Homem precisa encontrar-se ele próprio e convencer-se de que nada poderá salvá-lo de si mesmo, mesmo que houvesse uma prova incontestável da existência de Deus."

Mauricio Trindade disse...

Força cara, para escrever poesia na internet é preciso muito esforço para conseguir mais leitores.

Diego Scorvo disse...

Muito bom, cada dia melhor, cada poema mais profundo, mais fundo, mais do mundo. Espetacular!

Anônimo disse...

É preciso renascer.
Aquele é aquele que é você.
Não vejo separação entre vida e morte, vejo a morte na vida e a vida na morte.
A vida faz das nossas varias mortes nosso termometro para a vida.

Rodrigo Aroeira