terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sono de um diabo atormentado:


“Não é só a cicatriz que identifica o ser amado” Cazuza

Aquele rosto doce dizendo-lhe palavras duras revelavam sua essência vulgar.
E ele se percebia perguntando-se: como pode alguém ser tão estúpido e frágil ao mesmo tempo?
O pobre diabo só pensava na anja que machucara.
Afundado em sono ouvia a própria voz lhe dizer:








Talvez eu faça isso com medo, de mostrar que sou mais sensível do que aparenta.

Raphael Vidigal

Pintura: Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo, de Salvador Dalí.

4 comentários:

M. van Petten disse...

Cara, tu escreve fazendo um plano de fundo pro que eu to vivendo. PQP.
Muito BOM o texto mesmo!!!
Show!!

polly disse...

Vale repetir oq eu semmpre falo!?
Cai como uma luva as suas historias universalistas!
Gradei...mto bom mto bom,rapaz!
SUCESSOOOOO!beijo

Ricardo Takahashi disse...

Parece com um trecho do filme Constantine, diálogo entre o diabo e o(a) anjo(a) Gabriel.

Alessandra Rezende disse...

Duro, mas um texto fabuloso!!!!
Adorei a parte q fala do pobre diabo q nao parava de pensar na anja que machucara. =)

Bjoss!!!!