domingo, 26 de agosto de 2012

Nasce:



“Um par de asas dança na atmosfera rosada. Silêncio, meus amigos. O dia vai nascer.” Clarice Lispector

Nada que digo escrevo, ou calo.
Estas transições são transitórias
São transigentes, também.
E hesitantes,
Oras.

A existência é a lembrança, há memória
No esquecimento
Coisas deixam
De ser.

É um livro pueril, ingênuo, com rompantes de loucura.

Guarda estas palavras que te dou,
No coração marejado onde navega nosso amor
Ingênuo, aflito, sem escrúpulos
Com rompantes de loucura!
Amo porque amo, pétala de rosa, você, cristalzinho de ouro.

Aquiescência.

Raphael Vidigal

Pintura: “O Nascimento de Vênus”, de Botticelli. 

3 comentários:

Anônimo disse...

Demais!!

Ana Cláudia Machado de Melo

Fernanda Maia disse...

Belíssimo Texto.Seu talento é incontestável ! Sucesso

Alessandra Rezende disse...

Um amor assim parece não ter fim... entendo que todo amor é eterno. Guardamos ele, como um "cristalzinho de ouro", numa caixinha chamada coração, onde sempre podemos vasculhar e encontrar a paz e alegria.
Não importa se a temos fisicamente... o que é eterno, será, como cada momento que vivemos, independente da importância que lhe oferecemos. E eterno, dói.