domingo, 12 de agosto de 2012

Diálogo do camponês com a moça pobre:



“O sábio procura a sabedoria, o tolo encontrou-a.” Georg Lichtenberg

Por que rechaças a inutileza
Das coisas sensíveis e leves?
Belas e indefesas?
- Não servem para nada.

- E o que queres tu?
trabalho.
- Por quê?
ganhar dinheiro.
- Para quê?
montar cavalo.
- E o que mais?
conquistar o mundo.
- Só isto? Este redondo?
e qual mais haveria de ser?
- Para ter prazer, afinal?
Sim.

Eu te digo do alto das coisas de quem as conhece,
Elas não valem nada

Quem te pressiona contra o peito, é tu mesmo!
pretérito Imperfeito!

Raphael Vidigal

Pintura: “A Caminhada Para O Trabalho”, de Jean Millet.

4 comentários:

M. van Petten disse...

Ninguém vale nada, desde que saibamos nosso valor. Sem expectativas, as pessoas que nos surpreendem são as que não nos decepcionam.

"Pretérito Imperfeito" Sensacional.

Gabi disse...

"Quem te pressiona contra o peito, é tu mesmo!
pretérito Imperfeito!"

Sempre excepcional Vidi!!

Pedro Bahia disse...

Meu querido, vc tá mandando bem demais!...

Hei de concordar com os demais comentários..

"Quem te pressiona contra o peito, é tu mesmo!
Pretérito Imperfeito!"... Sabedoria e sensibilidades ímpares meu caro!

Anônimo disse...

A poesia tem muito a ver com minha fase atual, aqui do outro lado do mundo caçando zica, rabada e nao sei mais o q hahaha Abraçaõ amigo. Saudades!

Ricardo Takahashi Felicissimo