pé de galinha
espírito de porco
em
duas linhas
um poema anônimo
língua de sogra
teta
de vaca
assim
escapa
no
vão da anágua
uma
mancha, uma palavra
ou
só o pó da senzala
escrava, filha da gramática
ou
mãe de toda expressão
que
cava, caça, procura
uma
ninharia
feita
de espasmos
pé de galinha, linguagem escrava
a
centelha acesa
no vão
da anágua
toda
palavra almeja
ao
que escapa
mancha
procura
espasma
(No
umbigo) do mundo
Uma
mão que datilografa
os papiros árabes
de
redes
artificialmente conectadas
Um comentário:
Esse, me agarrou pela mao, dedos cravados em oceanos de incertezas. Eu nao ouso tocar. Me encerro ao sentir cidades sendo tiradas das palavras, brincando com as memórias, como em O Sol Áspero. Áspero... Áspero.
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