No Reino das
Coisas Mortas
Um coração
desperta calmamente
Entre
arbustos e salamandras
Entre rajadas
de vento,
E calcanhares
de gelo...
No Reino das
Coisas Mortas
Aos poucos se
desvencilha,
Primeiro
sente os dois olhos,
Depois a
respiração,
Por fim a
espinha fria...
No Reino das Coisas
Mortas
tropeça nas
próprias pernas,
As
salamandras riem
O gelo lhe
fere seco,
...pois antes
que se ajoelhe...
Algo a mantém
suspensa...
Raphael Vidigal
Imagem: foto do dramaturgo Jean Genet.
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