Não
há de contestar a própria ferida
Nem
esperar de um dia as cicatrizes
Mantendo-a
assim aberta como vida
Que
a morte venha a ser o estilingue
Do
mocho e do urânio e da estamina
Retornas
ao choro e à luz da cirurgia
Por
entre sangue os gritos da barriga
E
não hei de contestar a própria ferida
Raphael Vidigal
Pintura: Obra de Edvard Munch.
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