Não
existirá
o
braço sobre a pia rota
Não
existirá essa mão que segura a escova.
Os
dedos que a amparam nas pontas
não
existirá
esse
peito que deita sob a colcha
esse
hálito que pela manhã escapa da boca
o
sentido primário e o sentido último
Não
existirá a pele o pão o asfalto.
Por
isso dorme com tranquilidade.
E
come quando tem vontade.
Que
do sono e da fome do mundo um dia serás capacho
Raphael Vidigal
Pintura: Obra de Monet.
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