Entre o jargão e o palavrão
Há uma série
de maus entendidos.
O palavrório serve aos incautos,
O suspensório
para os doutorandos.
Mas o riso besta
não se distingue.
Por isto entre o jargão e o palavrão
Põem-se dois
pontos: a favor do risco!
A partir de
agora “periclitante” e “pau de sebo”,
terão o mesmo sentido.
Mesmo
com a norma não se finaliza
A velha rixa,
antiga ninharia,
Entre a
palavra e o que significa.
Um se diz
falacioso
O outro é uma mentira.
Um usa a
retórica,
O outro uma espiga!
Quando o Juiz dos Gramaticais
Exige a todos que se levantem
PARA A SOLENE DEFINIÇÃO
Não há uma bunda presa à cadeira,
Sequer um glúteo ou um traseiro.
Expiram unânimes (ou seriam todos?)
o mesmo cheiro.
Data Vênia para este momento:
VÃO AS PALAVRAS
MIJAR
NO
VENTO!
Raphael Vidigal
Imagem: arquitetura de Gaudí.
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