quinta-feira, 4 de março de 2010
Peça:
O gosto de sanar a dor.
Um dia explode!
Que mundo absurdo! que me move.
Não consigo mais me apaixonar.
Eu perdi qualquer capacidade de me apaixonar.
"Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como "eu gosto de você". Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores.” Caio Fernando Abreu
Para mim, a tragédia é o ridículo do homem.
E a comédia, o sublime.
A comédia é uma pose.
Só é possível amar uma imagem.
Nosso amor é bonito por isso: a gente sabe ser fraco.
Escrevo em enigmas e ás vezes nem eu decifro.
Como essas duas sobrancelhas em exílio.
Essas duas sombras.
De uma face que transmite serenidade e dor.
Eu só quero uma pessoa sensível.
A gente não precisa entender tudo.
A sensação nítida de que Caio Fernando está aqui me dói.
Ver um filme me dói.
Ler um livro me dói.
É uma sensação tensa de desconforto e angústia...
à espera da consagração
eu mergulho de ponta...
Não é hora.
Essa pequena gota d’água que me molha abaixo dos ombros é responsável por minha desgraça.
o amor escorre............................................................................................................
tem que dá tempo tem que dá tempo tem que dá tempo tem que dá tempo tem que dá tempo tempo tempo tem que dá tempo tempo tempo...
nunca dá
tempo
Toda a vida experimentada num desejo.
Raphael Vidigal
Pintura: Rooms by the sea, de Edward Hopper.
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2 comentários:
Dando tempo ao tempo... tudo fica quaseee bem rsrs
Igual te falei. Seus texto tem muito haver comigo... sempre há uma boa leitura por aqui.
Parabéns por ser tão sensitivo.
Continue com o bom trabalho!
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