carrego
meus mortos comigo
um
na algibeira, a outra no ouvido
não
renego deus, tampouco o admiro
...apenas
duvido...
carrego
meus mortos e sigo, convicto
na
moleira vão os olhos cerrados dele
ao
solstício sinto os lábios frios dela
...somente
suspiro...
carrego
meus ossos, carnes e peles
marcado
de aço, fuligem e remorso
entre
a sua origem e o meu destino
estou
mais com os mortos do que com os vivos...
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