“e fico mastigando a minha
desorientação.” Caio Fernando Abreu
Entro:
caminho entre o pântano
E
o abismo das nuvens
Agarro-me
ao galho ruço
Em
que sinto fruir o espetáculo valoroso
Da
infinita simplicidade
No
entanto, refeito do susto
E
ainda abismado, opaco, fundo
A
poesia de desfaz e a necessidade que é real e é palpável
Não
fictícia
Impõe
o peso e a pata de elefantes.
Raphael Vidigal
Pintura: "O embarque da Rainha de Sabá", de Claude Lorrain.
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