o corpo
da palavra
respira, engasga,
diante
de uma paráfrase
por
baixo duma sintaxe
o corpo
da
palavra
geme...
goza!
quando
vê uma hipérbole
ao se
deparar com retóricas
o corpo da
palavra
espia
por dentro
da
saia, do vestido das
metonímias,
anáforas,
e
metáforas...
o
corpo
da
palavra
sacode as
ancas
ao longo de toda prosopopeia,
onomatopeia, zeugma
a palavra do corpo,
por vezes elipsa
noutras alitera
é sempre um
paradoxo
se onde começa o polissíndeto
de fato
a sinestesia opera
a gradação do corpo da palavra
depende de ironia,
sarcasmo,
e síntese
(dada
tal catacrese)
o corpo
da palavra
é um
pleonasmo e
sem figura de linguagem: é a alma no
sentido literário
Raphael Vidigal
Pintura: obra de Joan Miró.
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