Não
vou me derramar
Pelo
leite chorado.
Tampouco
lamentar a morte da bezerra.
Não
hei de furar a pedra
Com
a água da areia.
Nem
estou disposto a tirar
A
água do joelho.
Por
fim e sem emenda
Pior
do que o soneto
Não
vou me derramar
Pelo
leite azedo.
Raphael Vidigal
Imagem: Obra de Matisse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário