A
morte é servil.
Trabalha
incessantemente.
Só
a vida descansa.
A
morte é escrava.
Para
ela não há feriado.
Só
a vida descansa.
O
som da morte é rangente.
Quando
ela chega incomoda.
Para
a morte nunca há festa.
Só
a vida é celebrada.
A
morte é servil.
A
morte é escrava.
É
uma visita inesperada.
A
morte só tem sossego,
Quando
a vida em seus braços descansa.
Mas
a vida, lépida e pândega,
Bêbada
como um rio,
E
troncha como um canhoto,
Para
a morte nunca dá descanso.
Raphael Vidigal
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