quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cavalo alado:


“e sem estrela para me guiar, só a perdição me guiando, só o descaminho me guiando – até que, quase morta pelo êxtase do cansaço, iluminada de paixão, eu enfim encontrara o escrínio. E no escrínio, a faiscar de glória, o segredo escondido.” Clarice Lispector

O encantamento fastio
Desvencilhou-se
Do alarido

Ao lado cavalo alado
Aquém, alheio, apático
Bucólico

Sua coragem vinha de não ter quem se preocupasse
Seu coração vinha de súbitas tempestades


Raphael Vidigal

Gravura: “Cavalo raptor”, de Goya.

7 comentários:

Gabi disse...

Sou fã dos seus textos vidi! esperando seu livro! hehe

Marco disse...

gostei do texto e da figura também

http://rocknrollpost.blogspot.com/

Anônimo disse...

adorei, principalmente os ultimos dois versos!

grande beijo e otima quinta feira.


http://cabecafeminina.blogspot.com/

Anônimo disse...

gostei muito perfeito

Anônimo disse...

não sou critico de poesia, mas posso dizer o que achei da sua sem me preocupar se estão me levando a sério: esse tipo com poucos versos e um final conclusivo deve servir muito bem pra quem não está tão próximo desse modo de expressão, mas deseja se aproximar. tipo, quem sabe, eu

Guilherme Augusto disse...

Ótimas influências você tem... :)

Cuchila Blog disse...

bonito texto