quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Mantra da Eternidade:
“Permite que volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.” Cecília Meireles
A última vez que a vi
Eu a vi depois
No leito de morte
Eu a vi depois no leito de morte
No leito de morte eu a vi
A última vez que a vi
Tinha os cabelos compridos
Eu a vi depois no leito de morte
Eu a vi depois
No leito de morte
A última vez que a vi
Tinha uma luz luzidia
As dores lhe pertenciam
Eu a vi depois
No leito de morte
A última vez que a vi
Tinha uma luz que encobria sombras
E os cabelos floresciam castanhos
E o rosa do seu vestido encantava o salão
A última vez que a vi foi sonho
Eu a vejo agora
Todas as noites
Todas as manhãs
Todo fim de tarde
Todo pôr do sol
Toda escuridão
Toda luz
Eu a vejo sempre
“Toda vez que um sino toca é porque um anjo ganhou asas” Frank Capra
Pintura: Obra do artista plástico Joseph Cornell, “Medici Princess”.
Raphael Vidigal
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3 comentários:
Que texto perfeito! Quem nos dera ser eternos de fato!
Mestra Clarice! Ela eh realmente perfeita neh.
Eterno mesmo eh o sonho. "Eu a vejo sempre". E vejo mesmo, essa eh a eternidade que realmente nos satisfaz.
Gabi
Q lindo, Rapha!!!
Dá pra sentir, pra ver... quase pra tocar num fio de cabelo dela através da delicadeza desse poema...
Eterna nos corações... corações de sentimentos ternos!
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