quinta-feira, 2 de junho de 2011

Milimetricamente amor:


“Ninguém pode calar dentro em mim, esta chama que não vai passar” Maysa

Eu a amei milimetricamente
Ela me amou milimetricamente
Em cada passo
Em cada despedida

Provou
E eu já posso dizer que provei também

Eu a amei quando não podia
Ela me amou quando já não queria
Como se amasse alguém
Por quem não há mais sentimento forte
Talvez um afago

Mas nos amamos milimetricamente
Enquanto pudemos
E mesmo quando já não devíamos

As coisas na nossa vida estão fadadas a serem
lembranças
doídas ou alegrias
esse amor que passou ninguém apaga

Raphael Vidigal

Pintura: Estrela concretista, de Antônio Maluf.

5 comentários:

anna carolina disse...

acho lindo isso. Vc ter encontrado seu dom e conseguir causar arrepios com ele. Vc me encanta, pequeno lobo!

M. van Petten disse...

Lindo. Adorei mesmo.

Amo milimetricamente caiu nesse texto na medida certa. ;)

Alessandra Rezende disse...

"Eu a amei quando não podia
Ela me amou quando já não queria
Como se amasse alguém
Por quem não há mais sentimento forte
Talvez um afago"

Versos perfeitos de uma triste estrofe.

Adorei esse seu texto!!!!!
Mto mto mto! É do estilo q eu amo!
Vc sempre me surpreende com sua capacidade intelectual e sensibilizadora!

Teorias de Gi disse...

muito bonito, tem dom pra escrever.
parabéns.

http://umaamigapramim.blogspot.com/

Mariana Novaes disse...

Linda poesia! parabéns pelo blog ;)

Quando der da uma passadinha polo meu também ;)
beeijos!
http://amoreoutrasguerras.blogspot.com/