sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Super Carolzita:
“Vejo-te flutuar pelo salão principal, deslumbrante e bela
Ignorando as luzes ofuscantes, vejo apenas seus olhos brilhando,
no escuro opaco, reluzente luas prateadas em noites de euforia
Seu sorriso derretia satélites e corações gelados” Caio Fernando Abreu
O mundo anda o mesmo sem você,
Carol
A vida mudou completamente
Ficou sem o brilho furtivo que irradiava seu sorriso
Irônico, meigo, delicioso
Alguns dias parece parar tudo
Dá vontade de não fazer nada, apenas ficar admirando estrelas (sei que você está entre elas)
Outras vezes, fecho os olhos e te vejo em risadas nunca vistas antes
E entendo que é você me abraçando de sua constelação, dizendo que está tudo bem
Então eu sei
Há pessoas que querem mudar o mundo
Outras modificam a vida; encantam
Viiiiiiidi
Beijos para o tempo que não passa segundo o homem, onde você vive sua aura interminável!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Desde que você se foi ou a canção da tragédia:
“Desta caverna sombria a qual observo tudo contra a luz” Caio Fernando Abreu
Desde que você se foi as tardes ficaram mais vazias, os olhos têm menos pupila, e eu “não reviro cores, não explodo a luz”.
Desde que você se foi essa certeza do inevitável me atingiu forte, e eu não tenho mais vontade de comer nem de me deitar.
Permaneço imóvel na mesma posição que você me deixou, no mesmo lugar, com o mesmo brilho salgado preso na saliva.
Desde que você se foi respeite o meu silêncio
A
MOR-
TE
Dói mais em mim do que em você, ela disse.
Não acredite
Não posso interromper a canção da tragédia
Raphael Vidigal
Pintura: A Persistência da Memória, de Salvador Dalí.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Amor:
“Talvez eu pudesse olhar no seus olhos como eu tô fazendo agora e dissesse que o mundo é tão óbvio que se a morte me tocasse nesse momento seria ainda assim previsível.” cena de “Crime Delicado” na voz de Marco Ricca
A sinceridade não basta.
As pessoas querem ter armas, mas não podem fumar maconha.
A arma é mais violenta que a maconha.
E o amor mais violento que a arma.
(A arma pode ser defesa.
A maconha pode ser defesa.
Mas a arma é mais perigosa.
A arma do policial.
A arma do traficante.
Fere muito mais que a maconha.)
O amor também fere.
E o amor também é defesa.
Eu desperdiço meu amor por aí.
Um amor denso e ás vezes pesado demais para ser carregado.
Um amor livre, de padrasto.
Você foi, só mais um deles.
A necessidade é maior que o amor.
A carência é maior que a necessidade, mais perigosa.
O amor passa.
A vida é feita de incongruências.
Eu sou fatalista.
“Amor é falta de QI, tenho cada vez mais certeza.” Caio Fernando Abreu
A inteligência machuca mais que a verdade.
Eu fiz as escolhas erradas nos momentos certos.
“minha inquietude de agora me põe mais à vontade diante do que já fiz e não tenho vergonha de nenhuma palavra, de nenhuma nota.” Caetano Veloso
Pintura: Auto-retrato, de Pablo Picasso.
Raphael Vidigal
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Bilhete:
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Sono de um diabo atormentado:
“Não é só a cicatriz que identifica o ser amado” Cazuza
Aquele rosto doce dizendo-lhe palavras duras revelavam sua essência vulgar.
E ele se percebia perguntando-se: como pode alguém ser tão estúpido e frágil ao mesmo tempo?
O pobre diabo só pensava na anja que machucara.
Afundado em sono ouvia a própria voz lhe dizer:
Talvez eu faça isso com medo, de mostrar que sou mais sensível do que aparenta.
Raphael Vidigal
Pintura: Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo, de Salvador Dalí.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Poesia:
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